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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Por que amamentar?

O leite materno é uma substância extremamente complexa e rica. Sabemos que entre seus componentes existem imunoglobulinas, ou seja, anticorpos a muitas doenças que a mãe já foi exposta. Quando pensamos que a criança demora a completar todo seu esquema de vacinação básica, vemos a importância do papel desses anticorpos na defesa desse novo organismo principalmente durante este período. Após cada mamada ela recebe uma "dose"de anticorpos que pode ter sua quantidade alterada ao insistirmos em oferecer outra coisa à criança que não seja o leite materno (chás, aguinha, leite de vaca, etc.). Portanto, o aleitamento materno EXCLUSIVO (sem chás, agua, etc) tem uma atividade protetora enorme neste bebê. Outro fator importante é que crianças expostas precocemente ao leite de vaca (só lembrando: leite em pó também é leite de vaca!) tem maior chance de fazer vários tipos de alergia. Sabemos também que alguns pesquisadores cogitam que há nessa exposição precoce um maior risco do desenvolvimento de diabete juvenil. Recomenda-se que o aleitamento materno exclusivo seja realizado até os 6 meses de idade e só aí iniciado com outros tipos de alimentos e liquidos. Além disso, a amamentação melhora muito a formação do vínculo mãe-bebê e, para a mãe, acelera o retorno do útero ao seu tamanho normal. Para o seu sucesso, a mãe deve estar tranquila e lembrar que todas as suas ansiedades, nervosismos e medos são sentidos pelo bebê em dobro portanto não se assustar com o choro do nenê, ter muita paciência nesses primeiros dias porque eventualmente a lactação entrará em um ritmo regular naturalmente. Ah, importante: dormir quando o seu nenê dormir - nunca se sabe como será a noite! No começo a regra é: oferecer o seio sempre! Muitas vezes o nenê fica no peito não só por fome mas para sentir-se confortado...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Meu leite é fraco: mito ou verdade??

Nada mais falado, debatido, romantizado e controvertido do que o assunto amamentação. Até dentro da própria medicina é causador de muita polêmica. Um consenso pelo menos: seu valor para a criança é inestimável!! Entretanto, a mãe que amamenta terá que lidar com suas crenças pessoais sobre o assunto, bem como com as do seu parceiro e com as das familias dos dois, com um serzinho novo na sua vida que não para de chorar e muitas vezes com as crenças do profissional que a está orientando. Meu principal conselho para a "família que está esperando nenê" : leia muito sobre este assunto até antes de começar a ouvir opiniões. Isto ajudará na hora de vivenciar este processo lindo mas que pode caminhar com algumas dificuldades. Começamos muitas vezes com o próprio profissional que lida com amamentação, pode ser um crente fervoroso na mesma e, muitas vezes, sem querer, faz a mãe se sentir a "'ultima das mortais"quando não está conseguindo amamentar. Também temos os que não acham que vale a pena todo o esforço que é para convencer e ajudar a mãe neste processo e logo recomendam o suplemento. Sabemos é claro que algumas vezes, por mais que se tente, dificuldades existem e não se consegue amamentar mas, na maioria das vezes , passadas as primeiras dificuldades, este processo flui naturalmente tornando-se a melhor opção para mãe e bebê. Outro problema pode ser a familia extendida que, na ansia de ajudar o jovem casal, atropela-os com todos os tipos de conselhos aumentando a ansiedade materna e, aí sim, correndo o risco de diminuir a produção de leite da mãe. Este é o maior problema no processo de lactação e não a qualidade do leite. Estudos comparativos de leite materno oriundos de mãe saudáveis e de mães desnutridas mostraram que a qualidade continua a mesma. A natureza é sábia, tira da mãe para proteger o rebento. O que temos é uma mãe nervosa, ansiosa, insegura, muitas vezes com dor por uma mastite e que com isto pode ter uma diminuição da produção do leite materno mas nunca um leite fraco! Precisamos ajudá-la a descansar e se tranquilizar, o que aumentará sua produção de leite e este é o papel do pai e da família. Quanto mais confiança a mãe tiver de em suas próprias ações, mais provável será o sucesso desse processo de lactação. Todas as duvidas devem ser levadas ao pediatra ou a outro profisisonal que esteja envolvido nesta fase.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O que é alergia?

De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que alergia é uma reação exagerada do nosso sistema imunológico. O número de pacientes com sintomas de algum tipo de alergia que chegam ao consultório médico vem aumentando. Sejam alergias de pele ou respiratórias, cada vez mais incomodam as pessoas e são uma queixa frequente atrapalhando seu bem estar e estilo de vida. Hoje nosso conhecimento sobre as alergias vem se aprofundando e o sistema imunológico mostra-se como ator fundamental neste processo e em sua interação com o meio ambiente. Sabemos hoje que existe uma ligação entre as alergias de pele e as respiratórias bem como entre rinite e e asma. Ao ignorarmos uma alergia e ela se mantiver presente, com sintomas, corremos o risco de uma exacerbação e de uma generalização deste quadro. Muitas vezes não existe cura mas com certeza conseguiremos chegar ao controle da doença com o tratamento adequado.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A coragem de dizer NÃO

Eles vem sem manual de instrução, muitas vezes inesperadamente mas, mesmo quando esperados e planejados, nos pegam de surpresa! Não existe algo tão difícl, muitas vezes angustiante e frustante mas sempre glorioso quanto criar filhos. O aconselhamento e o envolvimento do pediatra são fundamentais para dar alguma luz neste caminho nos momentos de conflito e principalmente antes de eles existirem, onde o grande papel do pediatra é falar sobre as situações antes que elas ocorram. Uma dessas é o "dizer não". Na nossa sociedade atual o NÃO é mais dificil ainda pois os próprios adultos tem dificuldade em aceitá-lo, mas a coragem de dizer não a uma criança ou adolescente pode ser a diferença em termos adultos saudáveis mentalemnte ou neuróticos. Não estou falando de pais excessivamente autoritários, que proibem tudo mas sim dos limites que todos nós temos que ter em nossas vidas diárias. Vejo tantos pais com dificuldade de colocar limites nos seus filhos por terem chegado a uma idade me que perderam o controle sobre eles, virando o lar um verdadeiro campo de batalha. Lembrem-se: enquanto seus filhos morarem com voces nunca é tarde para começar! O não peremptório deve ser colocado somente em questões realmente importantes e não por simples preguiça ou cansaço dos pais. Por mais cansados que estejamos, temos que pensar que este serzinho é nossa responsabilidade e termos prazer nesta interação... Negociar sempre que possível, lembrando que sempre que possível não quer dizer sempre! Aprender um pouco com eles também é importante e fazer atividades juntos no minimo 1 x semana seja qual for a idade do seu filho!! Estamos tão preocupados com as aulas de ingles e atividades extras, em ensiná-los a serem competitivos e não nos lembramos de uma coisa muito importante: qual a sociedade que queremos que eles vivam? um ajudando o outro, colocando-se no lugar do outros, podendo contar com o outro... Uma sociedade extremamente competitiva e bárbara não se sutenta sem uma grande dose de violencia que com o tempo a acaba aniquilando. Temos que pensar em construir bons seres humanos, bons cidadãos e isto passa por aprenderem a aceitar o NÃO...ISTO NUNCA VAI SAIR DE MODA!!!

domingo, 18 de julho de 2010

O que é a medicina de família?

A especialidade Medicina de Família e Comunidade é oriunda da antiga Medicina Geral Comunitária. Pode ser feita através de residencia médica ou curso de especialização por curso reconhecido pela SBMFC e após feito a prova nacional para titulação de especialista. Seu nome foi mudado pois com sua expansão transpos-se seu uso só em postos de saúde e viu-se a necessidade de um médico generalista, com conhecimentos especificos e amplos nessa área. Este novo médico vem baseado no modelo de atençào primária à saúde (APS) em que se tem a noção não mais que é uma medicina barata para os de menor poder aquisitivo e sim uma visão integral e com muito conhecimento do ser humano e de suas doenças e condições mais frequentes em seu ciclo vital. Este médico deve ser uma referencia para toda a familia, não importa a idade dos membros. Ele deve ser o primeiro contato em qualquer situação e portanto tem que ser uma pessoa com relativa erudição bem como servir de referencia a toda uma comunidade como porta de entrada de qualquer sistema de saúde. Dentro desta visão não devemos utilizá-lo como o gate keeper mas sim como aquele que vai melhor utilizar o sistema, fazendo a referencia para o profissional ou nivel de atençao necessário ou resolvendo ele mesmo aquele problema ou situação. Assim, mesmo se o paciente tiver necessidade de acompanhamento concomitante com outros especialistas, é dele o papel de coordenar esta atenção, garantindo assim uma maior qualidade e resolução do cuidado em saúde. Ele sabe trabalhar em equipe e mesmo não tendo esta no mesmo espaço em que ele se encontra, constroi esta equipe de acordo com as necessidades da sua população. Com o tempo (longitudinalidade) é construida uma relação de confiança com toda a família e a comunidade, facilitando o diagnóstico e problemas de várias ordens que a ele será trazido ou por ele muitas vezes procurado. Enfim, a Medicina de Familia é fantástica, dá muito trabalho, exige estudo e atualizações constantes mas proprociona um grande crescimento profissional e pessoal, portanto é muito gratificante.

sábado, 17 de julho de 2010

Uso das "bombinhas"

Estamos no auge do inverno e a frequencia de doenças respiratórias aumenta. A asma , principalmente em nosso meio, é uma doença muito comum e com potencial grave de complicações se mal manejada. Sabemos que ela não tem cura mas tem controle e que geralmente, quando presente na infancia, melhora com a idade. Apesar de hoje termos disponíveis medicações excelentes para seu controle por via inalatória (algumas até com disponibilização gratuita pelo SUS) existe ainda uma legítima lenda urbana sobre o risco das mesmas. Asma é uma das poucas doenças que pode matar uma criança ou adulto saudável e sabemos que o uso adequado das medicações inalatórias com um bom acompanhamento médico impede que isto ocorra. Temos que difundir a idéia que essas medicações são absolutamente seguras se bem indicadas e utilizadas. Muitos pacientes, pais e parentes tem medo que as mesmas viciem ou por vezes, ao terem tremor ou taquicardia (aumento da frequencia cardiaca), acham que terão algum "problema de coração". Temos que agradecer ao desenvolvimento da tecnologia na área médica que nos permite, através destas medicaçoes inalatórias, darmos doses muito menores de medicaçoes e com muito menor risco de efeitos colaterias quando é necessitado seu uso contínuo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Importância do conhecimento em asma

Estou preocupada com o desconhecimento das pessoas sobre o tratamento da asma. Assim que possivel, tentarei colocar mais informações sobre este assunto. Esta é uma das poucas doenças com um potencial de morte em crianças e adultos saudáveis se mal manejada ou até por não aceitação da medicação prescrita - medo, crendices, "lendas urbanas"ainda acompanham o uso das famosas bombinhas e do "Berotec".